O QUE É ARLA 32?

 

ARLA é a sigla para Agente Redutor Líquido Automotivo, o nome técnico do processo é SCR (da sigla em inglês Selective Catalytic Reduction, que significa Redução Catalítica Seletiva). É uma tecnologia de pós-tratamento que consiste em inserir no escapamento do motor um agente que reage quimicamente com os gases do escapamento para reduzir quimicamente a emissão de poluentes pelos veículos a diesel. Ele é um produto químico à base de ureia em grau industrial, incolor, não tóxico, estável, não inflamável e bastante seguro para manuseio e transporte. Deve ser utilizado especificamente em sistemas SCR para reduzir as emissões de NOx.

 

O número 32 está relacionado ao nível de concentração de uréia de alta pureza (32%) em água desmineralizada (68%, água que teve os sais minerais removidos). É transparente, não tóxico e de manuseio seguro. Não é explosivo, nem inflamável, nem danoso ao meio ambiente, sendo classificado como produto de categoria de risco mínimo no transporte de fluídos. Em caso de contato com a pele, basta lavá-la com água.

 

Na Europa ele é chamado de Ad-Blue, Nos Estados Unidos é chamado de DEF (Diesel Exhaust Fluid) e no Brasil, o nome é ARLA 32, ou simplesmente ARLA.

 

A maioria dos veículos pesados produzidos no Brasil possuem a tecnologia SCR e precisam, portanto, do uso do Arla 32. A falta do Arla 32 ou o uso de produto irregular também causam grandes prejuízos ao transportador, como graves danos aos veículos e multas.

 

O produto, obrigatório nos caminhões e ônibus fabricados a partir de 2012, é uma solução aquosa de ureia técnica, não tóxica, produzida em laboratório, que, ao contrário do que muita gente imagina, não é misturada ao combustível. O Arla-32 é colocado no escapamento após a combustão realizada no motor e é responsável pelo pós-tratamento dos gases de escape, reduzindo as emissões de óxido de nitrogênio (NOx), um dos gases de efeito estufa, em até 98%.

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O QUE PODE ACONTECER SE NÃO UTILIZAR O ARLA?

 

Além de prejudicar o meio ambiente, se um automóvel for pego em circulação sem a utilização ou adulteração do Arla 32 é aplicada uma multa que pode variar de R$500,00 até R$10.000,00, conforme Decreto Federal nº 6.514/2008, artigos 68 e 71. Pode ser considerado crime ambiental passível de multa, aplicada pelo Ibama, que pode chegar até um milhão de reais a depender do caso.

 

Além dos danos ambientais, a falta do produto nos veículos pode causar prejuízos sérios aos catalisadores e uma redução de até 40% no torque.

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O QUE ACONTECE SE USAR UM EMULADOR (CHIP) PARA BURLAR O SISTEMA DE AUTO DIAGNÓSTICO (OBD) DO VEÍCULO, SIMULANDO O USO DO ARLA 32?

 

A burla do uso causa diversos problemas para o condutor e para o proprietário. Além de comprometer a performance do caminhão e prejudicar o funcionamento do catalisador, uma das peças mais caras e sensíveis dos veículos com a tecnologia Euro 5, não adicionar o Arla 32 é um crime ambiental, já que há um aumento de emissões.

 

De acordo com dados da Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul (Afeevas), as fraudes relacionadas ao produto geram um aumento de 400% nas emissões. Isso significa que os veículos mais modernos podem ter os mesmos índices de emissão verificados em caminhões fabricados no país na década de 1990.

 

Resulta também na perda de garantia do veículo, com o comprometimento de peças como bombas e bicos injetores. O prejuízo pelo uso de produtos com agentes contaminantes, normalmente, é bastante superior a qualquer suposta vantagem econômica